A culinária gaúcha A culinária do Rio Grande do Sul tem como tradição a carne de charque, o churrasco e as influências sofridas pela imigração italiana e alemã ocorrida durante o século XIX. Da mistura entre a comida indígena, portuguesa e espanhola e do homem do campo surge a chamada cozinha da Campanha e, com características mais urbana, a cozinha da região missioneira. São muito populares pratos como o churrasco, o arroz de carreteiro e o galeto ao Primo Canto, além de receitas mais contemporâneas, como o bauru gaúcho.
Ao clicar na imagem ao lado você encontra um site com diversas receitas. |
Mais um prato derivado da abundância da carne da região, o também chamado de arroz de carreteiro ou simplesmente carreteiro é de fácil preparo, composto basicamente do arroz cozido com pedaços de charque picados.
O churrasco gaúcho
Em vista do Rio Grande do Sul ter sido a primeiro maior área de criação bovina no país, o gado faz parte da vida dos gaúchos desde o início da colonização, em meados do século XVII, e foi natural o progresso da carne assada sobre um fogo de chão se tornar o prato tradicional da região. Esta refeição era de fácil preparo, com poucos ingredientes: somente a carne (abundante na região) e sal grosso, que era espetada e pousada sobre a brasa.
Certamente a carne preferida é a bovina, mas o churrasco do gaúcho contemporâneo também inclui o “salsichão” (linguiça toscana na gíria gaúcha), “coraçãozinho” de galinha e outras carnes de origem suína e ovína.
Segundo Anita Ribeiro de Menna Barreto “gourmet brasileira,” o churrasco típico mesmo, é o de “ratão (com pronúncia espanhola) e/ou gambá”. É um típico prato gaúcho o churrasco de ratão, quando devidamente tratada a sua carne, sendo necessariamente retiradas as chamadas “glândulas de cheiro”. Deve-se ainda, o gambá ser caçado com a utilização da cachaça, de preferências a brasileira, que esse animal aprecia e facilita a sua captura, uma vez que embebeda o animal. O churrasco da carne de ratão e/ou gambá, lembra em muito a carne de javali. Esse churrasco de ratão era muito apreciado pelo presidente Getúlio Vargas, em sua estância, feito pelos peões.
Outro tipo de churrasco bastante apreciado é o “xixo “, que provavelmente tem origem ou inspiração no “shish” ou “sich kebab” árabe. Tradicionalmente, o xixo gaúcho é um assado onde são espetados -em um espeto grande, não em espetinhos – peças de gado, frango e porco intercalados por pedaços de pimentão verde, vermelho ou amarelo, tomate e cebola, também temperados com sal grosso.
Certamente a carne preferida é a bovina, mas o churrasco do gaúcho contemporâneo também inclui o “salsichão” (linguiça toscana na gíria gaúcha), “coraçãozinho” de galinha e outras carnes de origem suína e ovína.
Segundo Anita Ribeiro de Menna Barreto “gourmet brasileira,” o churrasco típico mesmo, é o de “ratão (com pronúncia espanhola) e/ou gambá”. É um típico prato gaúcho o churrasco de ratão, quando devidamente tratada a sua carne, sendo necessariamente retiradas as chamadas “glândulas de cheiro”. Deve-se ainda, o gambá ser caçado com a utilização da cachaça, de preferências a brasileira, que esse animal aprecia e facilita a sua captura, uma vez que embebeda o animal. O churrasco da carne de ratão e/ou gambá, lembra em muito a carne de javali. Esse churrasco de ratão era muito apreciado pelo presidente Getúlio Vargas, em sua estância, feito pelos peões.
Outro tipo de churrasco bastante apreciado é o “xixo “, que provavelmente tem origem ou inspiração no “shish” ou “sich kebab” árabe. Tradicionalmente, o xixo gaúcho é um assado onde são espetados -em um espeto grande, não em espetinhos – peças de gado, frango e porco intercalados por pedaços de pimentão verde, vermelho ou amarelo, tomate e cebola, também temperados com sal grosso.
O Charque
Antigamente, o atual território do Rio Grande do Sul era habitado pelos índios, os guaranis, que viviam da caça e da pesca. Ocupavam as margens da Lagoa dos Patos, o litoral norte e as bacias dos rios Jacuí e Ibicuí incluindo a região noroeste; os pampeanos, que ocupavam a região sul e sudoeste e o jês, talvez os mais antigos habitantes no lado oriental do rio Uruguai. Como tentativa de retirar os indígenas da mata para poder catequizá-los, os jesuítas introduziram no estado do gado. Os índios passaram então a tomar conta do rebanho, que era criado solto, e comer sua carne tendo sempre farta comida a sua disposição e em troca aprendiam com os jesuítas a cultura européia e construíam casas, surgiram assim as missões.
Com a entrada dos tropeiros de São Paulo e Minas Gerais no Sul, os índios foram caçados e levados como escravos e os jesuítas voltaram para a Europa. O gado, como era criado solto, continuou a se espalhar pelo sul do continente, pois não havia um predador para caça-lo.
Quando os tropeiros voltaram para o Rio grande do Sul havia milhares desses animais, o gado selvagem. Começaram, então, a matá-los para lhes extrair o couro cru, que era levado e vendido nos outros estados. Para conservarem a carne que sobrava e a usarem como alimento em suas longas viagens, os tropeiros começaram a conservá-la rolando-a em sal grosso para desidratá-la surgindo assim o charque.
Com a entrada dos tropeiros de São Paulo e Minas Gerais no Sul, os índios foram caçados e levados como escravos e os jesuítas voltaram para a Europa. O gado, como era criado solto, continuou a se espalhar pelo sul do continente, pois não havia um predador para caça-lo.
Quando os tropeiros voltaram para o Rio grande do Sul havia milhares desses animais, o gado selvagem. Começaram, então, a matá-los para lhes extrair o couro cru, que era levado e vendido nos outros estados. Para conservarem a carne que sobrava e a usarem como alimento em suas longas viagens, os tropeiros começaram a conservá-la rolando-a em sal grosso para desidratá-la surgindo assim o charque.